Valentina é filha de mãe branca e pai negro. Enquanto seu convívio social se resumia principalmente à sua família e amigos, tudo ia bem, era uma garota segura de si, vaidosa e confiante. Quando entrou na escola, aos 3 anos, foi vítima de racismo pela professora, que a convencia a sempre prender os cabelos e a agredia verbalmente por sua cor.
Ao perceber a gravidade do problema, a mãe de Valentina tirou-a da escola imediatamente e foi buscar ajuda psicológica. Além disso, Valentina foi apresentada à cultura afro brasileira, à história de sua família e à trajetória de luta por igualdade do negro no Brasil.
Ela frequentou peças de teatro infantil com personagens negros, ganhou bonecas negras e leu livros que traziam alguma identificação com ela. Sua mãe procurou referências bibliográficas, e começou a se informar sobre as pautas do movimento negro no Brasil.
Valentina foi inserida em um processo de identificação e passou a ter um olhar diferenciado, enxergando as qualidades físicas das pessoas, a ter respeito pela história de todos. Aos poucos, começou a trilhar um caminho de respeito a si própria, de pertencimento e melhora da autoestima. Está aprendendo a amar seu cabelo “black” e a se aceitar do jeitinho que é.
Titiii
Linda, estilosa, super inteligente.
Conhecendo sua história de perto, me emocionei com esse exemplar.
Parabéns aos envolvidos!